terça-feira, 19 de setembro de 2017

Abrir-se à alegria e ao perdão são os pedidos do Papa no Angelus

DOMINGO, 17 DE SETEMBRO DE 2017
O Santo Padre se inspira em passagem de Mateus em sua reflexão dominical

Papa Francisco pede que fieis se concentrem no perdão
Da redação, com Rádio Vaticano

Em sua reflexão que precede a oração mariana do Angelus deste domingo, 17, o Papa Francisco dedicou-se a temas como o perdão, inspirando-se na passagem de Mateus proposta pela liturgia do dia.

“Perdoar setenta vezes sete, ou seja, sempre”, é a resposta de Jesus a Pedro ao ser questionado por ele sobre quantas vezes deveria perdoar. Se para ele perdoar sete vezes uma mesma pessoa já parecia ser muito, “talvez para nós pareça muito fazê-lo duas vezes”, observou Francisco.
O Papa coloca Jesus e o perdão em perspectiva por meio da parábola do “Rei misericordioso e do servo perverso, que mostra a incoerência daquele que antes foi perdoado e depois se recusa a perdoar”: “A atitude incoerente deste servo é também a nossa quando rejeitamos o perdão aos nossos irmãos. Enquanto o rei da parábola é a imagem de Deus que nos ama com um amor tão rico de misericórdia, que nos acolhe, nos ama e nos perdoa continuamente”.
O Santo Padre recordou ainda que com o nosso batismo, Deus nos perdoa de uma “dívida insolvível”, e continua a nos perdoar “assim que mostramos um pequeno sinal de arrependimento”.
E Francisco deu um conselho para quando houver dificuldade em perdoar: “Quando somos tentados a fechar o nosso coração a quem nos ofendeu e nos pede desculpa, nos recordemos das palavras do Pai Celeste ao servo perverso: “eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?”.
Depois o Papa lembrou a oração do Pai Nosso para explicar o perdão: “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos quem nos tenha ofendido. O perdão de Deus é o sinal de seu amor transbordante por cada um de nós; é o amor que nos deixa livres para nos afastar, como o filho pródigo, mas que espera a cada dia o nosso retorno; é o amor contínuo do pastor pela ovelha perdida; é a ternura que acolhe todo pecado que bate à sua porta. O Pai celeste é pleno de amor e quer oferecê-lo, mas não o pode fazer se fechamos o nosso coração ao amor pelos outros”.
Por fim, o Papa pediu que “a Virgem Maria nos ajude a ser sempre mais conscientes da gratuidade e da grandeza do perdão recebido de Deus, para nos tornarmos misericordiosos como Ele, Pai bom, lento para a ira e grande no amor”.
Nós Consagrados no Senhor será que nos concentramos no perdão, as vezes os pequenos fatos nos tornam pessoas de coração duro, não somos capazes de perdoar, quando acontecem pequenas manifestações entre nós ou com pessoas no dia a dia de nossas vidas.

“Não te digo até sete, mas até setenta vezes sete vezes”. O Perdão não consiste em responder a uma ofensa com outra ofensa, mas em fazer aquilo que diz São Paulo: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem”.
O perdão consiste em dar a quem lhe prejudica, a possibilidade de estabelecer um novo relacionamento com você; consiste, portanto, em oferecer a ambos a possibilidade de recomeçar a vida, de ter um futuro onde o mal não tenha a última palavra. “Quantas vezes terei que perdoar a meu irmão, minha irmã?” Portanto, Jesus pensava sobretudo no relacionamento entre os cristãos, entre os membros da mesma comunidade. Por isso, é antes de tudo com os outros irmãos na fé que deve agir desta maneira: na família, no trabalho, na escola, ou em nossas comunidade etc.

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