Santo do Dia


Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria

“A exemplo da Mãe de Jesus, trilhemos o caminho da graça”

Celebramos a festa da Imaculada Conceição no tempo do Advento. Maria está à raiz do mistério pascal e é o fundamento do mistério da Encarnação. Celebramos hoje uma mulher concreta, Maria de Nazaré. Deus, a quem nada é impossível criou como quis sua própria Mãe, a criou imaculada e santíssima, prevendo a encarnação de seu Filho na terra. Quando o Arcanjo Gabriel lhe trouxe o anúncio da maternidade do Filho de Deus, lhe disse que ela estava repleta da graça de Deus. E no momento que ela fez uma coisa só com o Filho de Deus em seu ventre, a plenitude da graça ultrapassou todos os limites imagináveis pela criatura humana. Desde sempre o fruto mais precioso da redenção de Cristo, Maria é na história da salvação a imagem ideal de todos os redimidos.

A exemplo de Maria, procuremos, por toda a nossa vida, trilhar o caminho da graça, da mulher nova e da vida nova
“Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” (Lucas 1,28).
Solenemente, a Igreja celebra, em todo o mundo, a Imaculada Conceição de Maria. Quando proclamamos e exclamamos que ela [Maria] é a Imaculada Conceição, estamos entendendo aquilo que Deus fez nela desde o momento em que foi concebida no ventre da sua mãe. Uma vez que para Deus nada é impossível e a Sua graça realiza realmente o impossível na vida humana, Ele quis que a Mãe do Seu Filho fosse santa, sem pecado desde o momento da sua concepção.
Mistério profundo, belo, admirável, mas que, ao mesmo tempo, mostra-nos o tamanho da responsabilidade que Deus concedeu a ela. Maria, na verdade, é a nova Eva, assim como Cristo é o novo Adão, e a Igreja um novo paraíso no qual os homens são salvos.
Maria representa para nós aquilo que Deus desejou, ansiou para a primeira mulher, apenas que Eva não soube corresponder à graça recebida, ao dom que lhe foi dado do alto. Ela (Eva) nasceu e veio de Deus sem pecado, mas diante da tentação e do tentador sucumbiu. Não basta nascer sem nenhum pecado, o mais importante é perseverar, preservar-se e manter-se longe do pecado.
Como consagrados (as) que somos, olhemos  para o exemplo da bem-aventurada, sempre Virgem Maria; olhemos para seus passos, para sua vida, entrega, consagração e fidelidade. Que a  Imaculada Conceição seja para nós sinal de esperança, purificação e renovação interior.

Por: Regina G. de Melo Insa
 Santo do dia: 26 de Novembro

26/11/2015
Os filhos de Alberione celebram a memória de seu fundador
Por Padre Roni Hernandes, Sacerdote Paulino
“Trata-se do dia em que celebramos a memória do nosso fundador, Bem-aventurado Tiago Alberione, que nasceu no dia 4 de abril de 1884, em Alba, Itália.”

Para nós, Padres e Irmãos Paulinos, e para toda a Família Paulina, o dia 26 de novembro é um dia muito especial. Trata-se do dia em que celebramos a memória do nosso fundador, Bem-aventurado Tiago Alberione, que nasceu no dia 4 de abril de 1884, em Alba, Itália. Este é um dia oportuno para entrarmos em sintonia com um homem que sentiu fortemente o chamado de Deus. Ingressou no seminário, e, com seriedade, foi se preparando para uma futura missão. Embora tivesse uma saúde muito precária, conseguiu ser um homem de intensa atividade apostólica. Foi também capaz de profunda contemplação durante os longos anos de sua existência terrena.
Além da congregação dos Padres e Irmãos Paulinos; Padre Tiago Alberione fundou as seguintes congregações: Irmãs Paulinas; Irmãs Discípulas do Divino Mestre; Irmãs Pastorinhas, Irmãs Apostolinas. Também fundou quatro institutos de vida secular consagrada: Jesus Sacerdote, Santa Família, Nossa Senhora da Anunciação, São Gabriel Arcanjo. E fundou ainda os Cooperadores Paulinos. Em resumo, são dez instituições que, juntas, compõem o espírito da Família Paulina, unidas pela mesma espiritualidade centrada em Cristo Mestre Pastor, Caminho, Verdade e Vida.
Padre Tiago Alberione não só deu início às várias congregações, como também cuidou de todo o processo para o reconhecimento oficial por parte da Igreja. Assistiu, bem de perto, a cada uma delas, levando, com sua presença, o confronto e o encorajamento, principalmente nos primeiros tempos em que as dificuldades eram companheiras inseparáveis.
Dotado de uma impressionante visão de futuro, Alberione percebeu, no início do século XX, que era preciso fazer alguma coisa pelos homens e mulheres do novo tempo. De que modo fazer isso senão com os meios de comunicação? Desde que se convenceu dos benefícios que os meios de comunicação social podiam trazer para as pessoas, Alberione não sossegou até que fosse realizado o seu grande projeto: “era preciso usar a imprensa, o cinema, o rádio, a televisão, enfim, qualquer meio moderno criado pelo progresso humano, para atingir o maior número de pessoas”.
Como podemos ver, todo o dinamismo do Pe. Tiago Alberione só se explica pelo constante e intenso contato com Deus, sua confiança na proteção do apóstolo Paulo e de Maria, Rainha dos Apóstolos. Na verdade, o que fica para nós da história de Alberione é que em alguns momentos da história Deus vai escolhendo pessoas para serem suas ferramentas na construção de grandes obras que revelam a grandeza do amor que tem pela humanidade. Não tenho dúvida de que Tiago Alberione foi um desses escolhidos. Foi um pincel nas mãos do artista, como ele mesmo se definiu.
O Bem-aventurado Tiago Alberione partiu para a casa do Pai no dia 26 de novembro de 1971 e foi beatificado pelo Papa João Paulo II, em 27 de abril de 2003. Sua ousadia, coragem, persistência e ensinamentos, permanecem vivos entre os seus filhos. Ele continua vivo em cada parte do mundo, onde estão presentes os membros da Família Paulina que comungam do seu grande ideal: “Viver e anunciar Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida com os meios de comunicação social”.
 Santo do dia: 21 de Outubro

Santa Úrsula




Durante a Idade Média, a italiana Ângela de Mérici, fundou a Companhia de Santa Úrsula, com o objetivo de dar formação cristã a meninas
Úrsula nasceu no ano 362, filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra. A fama de sua beleza se espalhou e ela passou a ser desejada por vários pretendentes (embora Úrsula tenha feito um voto secreto de consagração total a Deus). Seu pai acabou aceitando a proposta de casamento feita pelo duque Conanus, um general de exército pagão, seu aliado.
Úrsula fora educada nos princípios cristãos. Por isso ficou muito triste ao saber que seu pretendente era pagão. Quis recusar a proposta mas, conforme costume da época, deveria acatar a decisão de seu pai. Pediu, então, um período de três anos para se preparar. Ela esperava converter o general Conanus durante esse tempo, ou então, encontrar um meio de evitar o casamento. Mas não conseguiu nem uma coisa, nem outra.
Conforme o combinado, ela partiu para as núpcias, viajando de navio, acompanhada de onze jovens, virgens como ela, que iriam se casar com onze soldados do duque Conanus. Há lendas e tradições que falam em onze mil virgens, ao invés de onze apenas. Mas outros escritos da época e pesquisas arqueológicas revelaram que foram mesmo onze meninas.
Foram navegando pelo rio Reno e chegaram a Colônia, na Alemanha. A cidade havia sido tomada pelo exército de Átila, rei dos hunos. Eles mataram toda a comitiva, sobrando apenas Úrsula, cuja beleza deixou encantado ao próprio Átila. Ele tentou seduzi-la e lhe propôs casamento. Ela recusou, dizendo que já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo. Átila, enfurecido, degolou pessoalmente a jovem, no dia 21 de outubro de 383. Em Colônia, uma igreja guarda o túmulo de Santa Úrsula e suas companheiras.
Durante a Idade Média, a italiana Ângela de Mérici, fundou a Companhia de Santa Úrsula, com o objetivo de dar formação cristã a meninas. Seu projeto foi que essas futuras mamães seriam multiplicadoras do Evangelho, catequizando seus próprios filhos. Foi um avanço, tendo em vista que nesta época a preocupação com a educação era voltada apenas para os homens. Segundo a fundadora, o nome da ordem surgiu de uma visão que ela teve.
Atualmente as Irmãs Ursulinas, como são chamadas as filhas de Santa Ângela, estão presentes nos cinco continentes, mantendo acesas as memórias de Santa Ângela e Santa Úrsula.
Santa Úrsula, rogai por nós!





Santo do dia:
20 de Outubro
Franciscano de espírito e convicção, era sempre de oração e jejum, poucas horas de sono, hábito surrado, grande pregador e companheiro das viagens
“Aqueles que são de Cristo crucificaram a própria carne com os seus vícios e concupiscências” (Gal 5,24)
Esta Palavra do Senhor se aplica muito bem a São Pedro de Alcântara, o qual lembramos hoje, pois soube vencer o corpo do pecado através de muita oração e mortificações. Pedro nasceu em Alcântara, na Espanha, em 1499.
Menino simples, orante e de bom comportamento, estudou na universidade ainda novo, mas soube, igualmente, destacar-se no cultivo das virtudes cristãs, até que, obediente ao Mestre, o casto e caridoso jovem entrou para a Ordem de São Francisco, embora seu pai quisesse para ele o Direito. Pedro foi ordenado sacerdote e tornou-se modelo de perfeição monástica e ocupante de altos cargos, o qual administrou até chegar, com vinte anos, a superior do convento e, mais tarde, eleito provincial da Ordem.
Franciscano de espírito e convicção foi sempre de oração e jejum, poucas horas de sono, hábito surrado, grande pregador e companheiro das viagens. Como provincial, visitou todos os conventos da sua jurisdição, promovendo uma reforma de acordo com a regra primeira de São Francisco, da qual era testemunho vivo. Conhecido, sem desejar, em toda a Europa, foi conselheiro do imperador Carlos V e do rei João III, além de amigo dos santos e diretor espiritual de Santa Teresa de Ávila; esta, sobre ele, atestou depois da morte do santo: “Pedro viveu e morreu como um santo e, por sua intercessão, conseguiu muitas graças de Deus”.
Considerado um dos grandes místicos espanhóis do séc. XVI e dos que levaram a austeridade até um grau sobre-humano, entrou no Céu com 63 anos, em 1562, após sofrer muito e receber os últimos Sinais do Amor (Sacramentos), que o preparou para um lindo encontro com Cristo.
São Pedro de Alcântara, rogai por nós!
                                           
                                São Calisto I - um dos Príncipes da Fé

Até o seu martírio defendeu a Misericórdia de Deus, que se expressa pela Igreja, que perdoa os pecados dos que cumprem as condições de penitência
Os Papas da Igreja são por excelência os Príncipes do Cristianismo, e hoje lembramos um dos Príncipes da Fé que mais se destacou entre os primeiros Papas: São Calisto I.
Filho de uma humilde família romana, nasceu em 160. Administrador dos negócios de um comerciante, Calisto passou por grandes dificuldades, pois algo saiu de errado no trabalho, chegando a ser flagelado e deportado para a ilha da Sardenha, onde como condenação enfrentou trabalhos forçados nas minas, juntamente com cristãos condenados por motivos de fé.
Sem dúvida, com a convivência com os cristãos que enfrentavam o martírio, pois o Cristianismo era considerado religião ilegal, Calisto decidiu seguir a Jesus. Mais tarde muitos cristãos foram resgatados do exílio e a comunidade cristã o libertou.
O Santo de hoje colaborou com o Papa Vítor e depois como diácono ajudou o Papa Zeferino em Roma, pois assumiu, com muita sabedoria, a administração das catacumbas, na Via Ápia, que eram aqueles cemitérios cristãos, que se encontravam no subsolo por motivos de segurança, e também serviam para celebrações litúrgicas, além de guardar para a ressurreição os corpos dos mártires e dos primeiros Papas.
Com a morte do Papa Zeferino, o Clero e o povo elegeram Calisto como o sucessor deste, apesar de sua origem escrava. Foi perseguido, caluniado e morreu mártir, quando acabou condenado ao exílio. Segundo a tradição mais segura, morreu numa revolta popular contra os cristãos e foi lançado a um poço.
Durante os seis anos de pastoreio zeloso e santo, São Calisto I condenou a doutrina que se posicionava contra a Santíssima Trindade. Até o seu martírio defendeu a Misericórdia de Deus, que se expressa pela Igreja, que perdoa os pecados dos que cumprem as condições de penitência, assim, combatia Calisto os rigoristas que condenavam os apóstatas adúlteros e homicidas.
São Calisto I, rogai por nós!
Santo do dia!
São Luis Beltran, obediente a voz do Senhor

Muito se ocupou com a salvação das almas, sem descuidar de profetizar e denunciar as injustiças cometidas contra os indígenas e os negros escravos
Luis Beltran nasceu em Valência (Espanha) em 1526, e foi o tipo de jovem aventureiro, aberto aos desafios. Obediente a voz do Senhor, venceu a oposição do pai e ingressou na Ordem Dominicana para ser sacerdote.
Com passos largos em direção à santidade (tinha apenas 23 anos quando recebeu a ordenação sacerdotal), assumiu a importante função de mestre dos noviços, até que decidiu aventurar-se na evangelização do novo mundo. Na Colômbia, Luis Beltran muito se ocupou com a salvação das almas, sem descuidar de profetizar e denunciar as injustiças cometidas contra os indígenas e posteriormente contra os negros escravos.
O preço da conversão de milhares de indígenas espalhados por toda Colômbia foi o sofrimento promovido por exploradores espanhóis. Por duas vezes procuraram envenená-lo e em outras quatro ocasiões o assaltaram ameaçando-o de morte. São Luis não se deixou amedrontar e só voltou para a Espanha pela obediência aos superiores e com a intenção de melhor recrutar e formar apóstolos para a evangelização da América.
Este bondoso amigo de todos assumiu cargos de direção na Ordem Dominicana, exerceu com grande eficácia o ministério da pregação, chegando a operar inúmeras conversões e alcançar milagres. No ano de 1569 São Luis, já na Espanha como formador de futuros missionários, pôde partilhar com palavras o que viveu nas inúmeras missões. Ensinava que a arma mais eficaz na conversão das almas é uma intensa vida de oração e de muito sacrifício, e que a pregação necessita de ser acompanhada pelas boas obras, caso contrário, o mau exemplo destruiria de maneira fatal a proclamação da Boa Nova.
São Luis Beltran faleceu em Valência no ano de 1581, com 56 anos de idade. A tal ponto enriqueceu o povo e a Igreja com sua vivência missionária que o próprio pai, antes de morrer, declarou-lhe: “Meu filho, uma das coisas que mais me afligiu na vida foi ver-te frade, mas hoje, o que me consola é saber-te frade!”

Nossa Senhora do Rosário

A celebração de hoje convida-nos à meditação dos Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus.
A festa de Nossa Senhora do Rosário foi instituída pelo papa Pio V, em 1571, quando se celebrava o aniversário da batalha naval de Lepanto. Segundo consta, os cristãos saíram vitoriosos porque invocaram o auxilio da Santa Mãe de Deus, rezando o rosário. A origem do terço é muito antiga. Remonta aos anacoretas orientais que usavam pedrinhas para contar suas orações vocais. O Venerável Beda sugerira aos irmãos leigos, pouco familiarizados com o Saltério latino, que se utilizassem grãos enfiados em um barbante na recitação dos pai-nossos e ave-marias. Segundo a lenda, em 1328 Nossa Senhora apareceu a São Domingos, recomendando-lhe a reza do rosário para a salvação do mundo. Rosário significa coroa de rosas oferecidas a Nossa Senhora. Os promotores e divulgadores da devoção do rosário no mundo inteiro foram os dominicanos. Somos hoje, portanto, convidados a meditar sobre os mistérios de Cristo Jesus, associando-nos como Maria Santíssima à encarnação, paixão e gloriosa ressurreição do Filho de Deus.
Oração
À Mãe, mãe da vida.
"Na terra recordamos teu gozo e tua dor, ó Mãe, que contemplamos em glória e resplendor. Ave, quando concebes, visitas, dás à luz, e levas e recebe no templo o teu Jesus. Ave, pela agonia, flagelo, espinho e cruz: a dor da profecia à glória te conduz. Ave, sobre o teu Filho, o Espírito nos vem; deixando o nosso exílio, ao céu sobes também. Cento e cinqüenta rosas, nações, vinde colher; coroas luminosas à Virgem Mãe tecer. Louvor ao Pai e ao Filho e ao Espírito também; dos três, divino auxílio ao nosso encontro vem”.
Assim Seja!
 Santo do dia:
São Bruno, fundador da Ordem dos Cartuxos
Iniciou a Ordem gloriosa da Cartuxa com o coração abrasado de amor por Jesus e pelo Reino de Deus
Hoje lembramos o santo que se tornou o fundador da Ordem dos Cartuxos, considerada a mais rígida de todas as Ordens da Igreja, e que atravessou a história sem reformas.
Filho de família nobre de Colônia (Alemanha), nasceu em 1032. Quando alcançou idade foi chamado pelo Senhor ao sacerdócio, e se deixou seduzir. Amigo e admirado pelo Arcebispo de Reims, Bruno, inteligente e piedoso, começou a dar aulas na escola da Catedral desse local, até que já, cinquentenário e cônego, amadureceu na inspiração de servir a uma Ordem religiosa.
Após curto estágio num mosteiro beneditino, retirou-se a uma região chamada Cartuxa com a aprovação e bênção de São Hugo, Bispo de Grenoble, o qual lhe ofereceu um lugar. Isto se deu graças a um sonho que São Hugo teve. Neste sonho, apareciam-lhe sete estrelas que caíam aos seus pés para, logo em seguida, levantarem-se e desaparecerem no deserto montanhoso. Após este sonho, o Bispo recebeu a visita de Bruno que estava acompanhado por seis companheiros monges. Ao ver os sete varões, o Bispo Hugo reconheceu imediatamente neles as sete estrelas do sonho e concedeu-lhes as terras onde São Bruno iniciou a Ordem gloriosa da Cartuxa com o coração abrasado de amor por Jesus e pelo Reino de Deus. Com os monges companheiros, observava-se absoluto silêncio, a fim do aprofundamento na oração e à meditação das coisas divinas, ofícios litúrgicos comunitários, obediência aos superiores, trabalhos agrícolas, transcrição de manuscritos e livros piedosos.
Quando um dos discípulos de São Bruno tornou-se Papa (Urbano II), teve ele que obedecer ao Vigário de Cristo, já que o queria como assessor, porém, recusou ser Bispo e após pedir com insistência ao Sumo Pontífice, conseguiu voltar à vida religiosa, quando juntamente com amigos de Roma, fundou no sul da Itália o Mosteiro de Santa Maria da Torre, onde veio a falecer no dia 6 de outubro de 1101.
As últimas palavras foram: “Eu creio nos Santos Sacramentos da Igreja Católica, em particular, creio que o pão e o vinho consagrados, na Santa Missa, são o Corpo e Sangue, verdadeiros, de Jesus Cristo”.
São Bruno, rogai por nós!

São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja
A Igreja declarou-o padroeiro de todos os que se dedicam ao estudo da Bíblia e fixou o “Dia da Bíblia” no mês do seu aniversário de morte
Neste último dia do mês da Bíblia, celebramos a memória do grande “tradutor e exegeta das Sagradas Escrituras”: São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja. Ele nasceu na Dalmácia em 340, e ficou conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor da Igreja. É de São Jerônimo a célebre frase: “Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo”.
Com posse da herança dos pais, foi realizar sua vocação de ardoroso estudioso em Roma. Estando na “Cidade Eterna”, Jerônimo aproveitou para visitar as Catacumbas, onde contemplava as capelas e se esforçava para decifrar os escritos nos túmulos dos mártires. Nessa cidade, ele teve um sonho que foi determinante para sua conversão: neste sonho, ele se apresentava como cristão e era repreendido pelo próprio Cristo por estar faltando com a verdade (pois ainda não havia abraçado as Sagradas Escrituras, mas somente escritos pagãos). No fim da permanência em Roma, ele foi batizado.
Após isso, iniciou os estudos teológicos e decidiu lançar-se numa peregrinação à Terra Santa, mas uma prolongada doença obrigou-o a permanecer em Antioquia. Enfastiado do mundo e desejoso de quietude e penitência, retirou-se para o deserto de Cálcida, com o propósito de seguir na vida eremítica. Ordenado sacerdote em 379, retirou-se para estudar, a fim de responder com a ajuda da literatura às necessidades da época. Tendo estudado as línguas originais para melhor compreender as Escrituras, Jerônimo pôde, a pedido do Papa Dâmaso, traduzir com precisão a Bíblia para o latim (língua oficial da Igreja na época). Esta tradução recebeu o nome de Vulgata. Assim, com alegria, dedicação sem igual e prazer se empenhou para enriquecer a Igreja universal.
Saiu de Roma e foi viver definitivamente em Belém no ano de 386, onde permaneceu como monge penitente e estudioso, continuando as traduções bíblicas, até falecer em 420, aos 30 de setembro com, praticamente, 80 anos de idade. A Igreja declarou-o padroeiro de todos os que se dedicam ao estudo da Bíblia e fixou o “Dia da Bíblia” no mês do seu aniversário de morte, ou ainda, dia da posse da grande promessa bíblica: a Vida Eterna.
São Jerônimo Intercede por nós!


São Roberto Belarmino, grande santo jesuíta

Ajudou na formação apologética dos teólogos e pregadores responsáveis na defesa da fé
Celebramos o grande santo jesuíta, Belarmino, que nasceu em Montepulciano, no centro da Itália, em 1542. Querido pelos pais e de muitas qualidades, era irmão de cinco religiosos, dentre os doze, que enriqueciam a família dos dedicados pais.
Quando os padres da Companhia de Jesus abriram um colégio em Montepulciano, Roberto foi um dos primeiros alunos na matrícula e no desempenho. O contato com os padres fez com que o jovem mudasse sua primeira ideia de ser médico, para inclinar-se em favor da vida religiosa jesuíta.
Depois de conseguir a permissão do pai, que ao contrário da mãe, apresentava uma certa resistência frente a opção do amável filho, Belarmino com 18 anos, iniciou e concluiu de maneira brilhante sua formação religiosa e seus estudos de filosofia e teologia, tanto que antes de ser ordenado sacerdote foi enviado como professor e pregador em Lovaina, na Bélgica, onde ficou dez anos.
Teve importante papel na aplicação do Concílio de Trento, já que ajudou na formação apologética dos teólogos e pregadores responsáveis na defesa da fé. Neste sentido Roberto, muito contribuiu ao escrever sua obra de nome “Controvérsia” e o livro chamado “Catecismo”. Em sua obra “Controvérsias”, Belarmino explana os seus três grandes amores. Trata da Palavra de Deus, de Cristo cabeça da Igreja e do Sumo Pontífice.
Era também diretor espiritual do Colégio Romano, tendo sob sua responsabilidade a formação ascética dos alunos que muito o respeitavam e admiravam. O Papa Clemente VIII o elevou a cardeal com esta motivação:
“Nós o escolhemos porque não há na Igreja de Deus outro que possa equiparar-se ele em ciência e sabedoria”.
Quando ficou muito doente em setembro de 1621, os confrades foram testemunhas do último diálogo dele com Deus:“Ó meu Deus, dai à minha alma, asas de pomba, para que possa voar para junto de vós”. Morreu no dia 17 do mesmo mês, e pelos seus escritos recebeu o título de Doutor da Igreja.
São Roberto Belarmino, rogai por nós!
 
O santo se tornou modelo para todo vocacionado à santidade e ao resgate das almas
Por ter encontrado dificuldades para vir à luz, é invocado como patrono e protetor das parturientes e das parteiras (seu nome significa “não nascido” porque foi extraído vivo das entranhas da mãe já morta).
São Raimundo Nonato nasceu na Espanha, em Portel, na diocese de Solsona (próximo a Barcelona) no ano de 1200. Ainda menino, teve de guardar o gado e, durante seus anos de pastor, visitava constantemente uma ermida de São Nicolau, onde se venerava uma imagem de Nossa Senhora de quem era devotíssimo.
Conta-se que, durante as horas que passava aos pés de Maria, um anjo lhe guardava o rebanho. Desde jovem, Raimundo Nonato percebeu sua inclinação à vida religiosa. Seu pai buscou, sem êxito, impedi-lo de corresponder ao chamado vocacional. Ao entrar para a Ordem de Nossa Senhora das Mercês, pôde receber do fundador: São Pedro Nolasco, o hábito. Assim, tornou-se exemplo de ardor na missão de resgatar das mãos dos mouros, os cristãos feito escravos.
Certa vez, São Raimundo conseguiu liderar uma missão que libertou 150 cristãos, porém, quando na Argélia acabaram-se os recursos para o salvamento daqueles que corriam o risco de perderem a vida e a fé, o Missionário e Sacerdote Raimundo, entregou-se no lugar de um dos cristãos. Na prisão, Raimundo pregava para os muçulmanos e cristãos, com tanta Unção que começou a convertê-los e desse modo sofreu muito, pois chegaram ao extremo de perfurarem os seus lábios com um ferro quente, fechando-os com um cadeado. Foi mais tarde libertado da prisão e retornou à Espanha.
São Raimundo Nonato, morreu em Cardona no ano de 1240 gravemente doente. Não aguentou atingir Roma onde o Papa Gregório IX queria São Raimundo como Cardeal e conselheiro. O seu corpo foi descansar na mesma ermida de São Nicolau em que orava nos seus anos de pastor.
São Raimundo Nonato, rogai por nós!
Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho

Hoje 27 de Agosto de 2015, celebramos a memória desta grande santa, que nos provou com sua vida que realmente “tudo pode ser mudado pela força da oração”.

Santa Mônica nasceu no norte da África, em Tagaste, no ano 332, numa família cristã que lhe entregou – segundo o costume da época e local – como esposa de um jovem chamado Patrício.
Como cristã exemplar que era Mônica preocupava-se com a conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo violento, rude, pagão e, principalmente, pelo filho mais velho, Agostinho, que vivia nos vícios e pecado. A história nos testemunha as inúmeras preces, ultrajes e sofrimentos por que Santa Mônica passou para ver a conversão e o batismo, tanto de seu esposo, quanto daquele que lhe mereceu o conselho: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.
Santa Mônica tinha três filhos. E passou a interceder, de forma especial, por Agostinho, dotado de muita inteligência e uma inquieta busca da verdade, o que fez com que resolvesse procurar as respostas e a felicidade fora da Igreja de Cristo. Por isso se envolveu em meias verdades e muitas mentiras. Contudo, a mãe, fervorosa e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor, durante 33 anos, e antes de morrer, em 387, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: “Uma única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de morrer”.
Por esta razão, o filho Santo Agostinho, que se tornara Bispo e doutor da Igreja, pôde escrever: “Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.
Santa Mônica, rogai por nós!



Um comentário:

  1. Como São Bartolomeu, sejamos autênticos em nossas ações. Devemos ser verdadeiros diante dos homens e diante de Deus.
    “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade” (João 1, 47).
    A Igreja nos dá hoje a alegria de celebrarmos São Bartolomeu, apóstolo de Jesus. Bartolomeu foi um dos primeiros discípulos de Jesus, natural de Caná da Galileia, o local onde Jesus fez o primeiro milagre. Ele foi chamado por Jesus de “Natanael”, aquele que é um dom de Deus.

    Hoje nós queremos, a partir do Evangelho, olhar a afirmação que Jesus fez a respeito de Natanael. Jesus mesmo comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade” (João 1, 47). Veja que coisa maravilhosa! Jesus conhecia o coração de Natanael e sabia o quanto ele era autêntico seja ao questioná-Lo, seja ao fazer-Lhe perguntas, por isso o Senhor diz que nele não havia falsidade.
    Amados irmãos e irmãs, no dia de hoje, queremos olhar para São Bartolomeu, esse apóstolo do Senhor, e pedir a Deus essa graça também! O quanto o mundo de hoje precisa de autenticidade! O quanto o mundo precisa de pessoas autênticas! O quanto o mundo necessita que eu e você sejamos pessoas verdadeiras!
    Não podemos viver de aparências, de hipocrisias, não podemos ter duas caras! Não podemos ter uma palavra aqui e outra acolá. Precisamos ser verdadeiros e a Palavra de Deus, pouco a pouco, vai realizando essa obra de depuração em nossa vida: de retirar de nós as marcas do pecado, sobretudo, as que alojaram dentro de nós sentimentos hipócritas. Nós, muitas vezes, vivemos para agradar aos outros, aqui nós falamos uma coisa, acolá falamos outra coisa; em outro lugar nos comportamos de outro modo.

    Hoje queremos olhar para este dom de Deus, que é Natanael, e pedir ao Senhor a graça da autenticidade. Para ser discípulo de Jesus podemos ter fraquezas e não podemos escondê-las; pelo contrário, precisamos assumi-las, tomar consciência da fragilidade que somos.
    E ao assumirmos nossas fraquezas, pouco a pouco, o Senhor vai nos purificando. Só não podemos deixar de ser autênticos no que falamos, naquilo que vivemos, em recochecer nossas fraquezas e nossos limites; assim, a graça de Deus virá em nosso socorro!

    ResponderExcluir