quarta-feira, 14 de junho de 2017

Santíssima Trindade
Trindade é o sentido e a missão da Igreja, sacramento da unidade do gênero humano. Unidade da Trindade, pois, a Igreja é reunida pela unidade da Trindade! Essa relação de amor, em vista da vivência da comunhão, revela-se para nós como fundamento e estímulo da prática da caridade fraterna e do apostolado.  Trindade!  Deus belo e grande que não cabe em nossas categorias humanas.   Nem sabemos designa-lo.  O Bem, o Sumo Bem, a Ternura, a Paz. Uma eterna e adorável comunhão de amor. O Pai, eternamente Pai, gera eternamente o Verbo e entre ambos o sopro do Espírito.   O que nos resta é prostrarmo-nos em silenciosa e profunda adoração. Uma fornalha de amor. Um da Trindade veio morar em nós e nos levar para essa fornalha de amor.   No alto da cruz esse Filho amado nos entregou o Espirito. Confessar a Trindade é acreditar que Deus é um mistério de comunhão e amor.
Cremos no Pai, nesse Altíssimo e Bom Senhor, que é Pai. Cria agora os céus e a terra. Não estamos sós em nossa história, nesse mundo, em vitórias e fracassos, problemas e conflitos. Não vivemos esquecidos. Temos um Pai que tem os traços do pai do filho pródigo, que faz chover   sobre justos e pecadores, Pai que sustenta a vida, a nossa vida e a vida de tudo o que existe. Pai vivo, autor e alimentador da vida.  Ama. É o eterno amante. Nunca vai retirar de nós o seu amor e sua fidelidade.   Dele só brota amor. Fomos feitos à sua imagem e semelhança, por isso somos destinados ao amor. Só amando acertamos o passo na vida.  Jesus gostava de chama-lo de pai querido, de paizinho.
O Verbo, a Palavra que o Pai pronuncia é o Filho.   Ele é o grande presente que Deus deu ao mundo.  Viveu entre nós, conheceu a trama da vida de todos nós. Nasceu, cresceu em idade e graça, percorreu os caminhos da terra, falou, rezou, testemunhou, relacionou-se, demonstrou desafeto quando o projeto do Pai não era vivenciado, foi amado e rejeitado, teve amigos mais íntimos e mostrou um carinho todo especial para com os pecadores, os que falham na vida.  Ele se fez imagem do Pai.  Quem o via, via o Pai.  Seu nome é Emanuel.  Depois de sua ressurreição designamo-lo de Senhor.  Um Deus que nos amou até o fim.  Olhando para ele vemos o Pai. Nele podemos sentir Deus humano, próximo, amigo.  Fez-se mensageiro do Pai que nos quer ver como irmãos que se estimam e se amam.
O Espírito Santo é comunhão do Pai e do Filho. Ele é o amor eterno entre o Pai amante e Filho amado, aquele que revela que o amor divino não é possessão ciumenta do Pai nem açambarcamento egoísta do Filho, “O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm  5,5).


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