quarta-feira, 29 de junho de 2016

Solenidade de São Pedro, a rocha; e São Paulo, a missão
Duas vocações complementares


A Igreja une em uma só solenidade a memória de dois grandes Apóstolos Pedro e Paulo. O que os une é a missão comum de evangelizar até os confins do mundo, sendo testemunhas de Cristo até a morte. A família Paulina se alegra com a grande festa, no dia 3 de junho, a celebração do jubileu está sendo preparada, pessoal e comunitariamente, com a oração, a reflexão, a partilha e a participação ao Sacramento da Reconciliação.
Culminará com a Celebração Eucarística e passagem pela “porta santa”. No Santuário São Judas Tadeu as 14:30h.

Um pouco das duas colunas da Igreja:

Pedro, o Apóstolo escolhido por Jesus para ser a rocha, isto é, o sinal da firmeza na fé e da unidade no ensinamento, foi de maneira especial preparado para dirigir a Igreja após a ausência física de Cristo. Sobre Pedro é colocada a missão de ser guia da Igreja, continuadora da obra de salvação até o fim dos tempos.
Paulo, perseguidor convertido, é pregador incansável da única verdade que é Cristo. Encontra-se com Pedro pelo menos duas vezes, reconhecendo nele a missão de ser guia da Igreja, representante autorizado de Cristo.

O que faz destes dois Apóstolos colunas da Igreja não é nenhum mérito pessoal. Ambos pecadores, um homem rude, outro soberbo doutor, ambos, porém, tocados pela graça divina e feitos novos homens em vista de uma missão sem a qual não seríamos hoje cristãos. A Igreja fundada por Jesus Cristo foi colocada sob a responsabilidade de Pedro, mostrando que é Deus quem age por meio dos seus escolhidos.

Por isso, Roma é, nas palavras de Santo Irineu: “a maior e a mais antiga Igreja, conhecida por todos, ... fundada e constituída pelos gloriosíssimos Apóstolos Pedro e Paulo”, e acrescenta:  "Com esta Igreja, pela sua superioridade, deve conciliar-se a Igreja universal, ou seja, os fiéis que estão em toda a parte”. Nesta solenidade celebramos o dia do Papa, o bispo de Roma, sucessor de São Pedro. Significa celebrar a bondade de Jesus, Bom Pastor, que não deixa suas ovelhas descuidadas, mas deixa um guia seguro, sob a assistência do Espírito Santo, que conduz à Verdade e ao caminho da salvação. Ouçamos o Papa, na certeza de que é a doce voz de Cristo na terra.

Pedro foi encarcerado por causa da fé! Levou às últimas consequências sua profissão de fé: “Tu és o Cristo”. Paulo também foi preso, ameaçado e perseguido pelos de dentro e pelos de fora. Mas levou até o fim sua missão: “Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. O Senhor me assistiu e me revestiu de forças, a fim de que por mim a mensagem fosse plenamente proclamada e ouvida por todas as nações” [2Tm 4,6-7.17].

Podemos nos perguntar até que ponto damos conta de sustentar nossa fé e fidelidade ao Evangelho, levando às últimas consequências nosso batismo. O que é mesmo que nos faz desanimar, abandonar a missão, a comunidade? O “conteúdo” de nossa vida é Jesus Cristo? Ou são as vaidades e posses da sociedade capitalista e consumista? O que preciso deixar e o que preciso abraçar com mais vigor para ser verdadeiro discípulo e discípula como Pedro e Paulo?
Nesse dia a Igreja nos pede orações pelo Papa. Ele é o sucessor de Pedro. É ele que preside a caridade da Igreja e é o sinal visível de sua unidade. Peçamos ao Senhor que lhe dê muita luz para conduzir a Igreja pelos caminhos de Jesus. E lhe dê muita força e coragem para enfrentar os obstáculos que essa sociedade e as situações difíceis que os “de dentro” lhe opõem. E que tenha a sabedoria necessária para ajudar a Igreja a se abrir ao diálogo com o novo que surge a cada dia sem perder a fidelidade a Jesus Cristo e à sua missão.

O que importa nessas considerações é sermos pessoas que, como Pedro e Paulo, tenham a coragem de doar a vida pela causa do Evangelho.



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