RETIRO
MENSAL 07 DE MARÇO DE 2015
Eu
vim para servir! CF 2015
Margarida
e Regina
A Quaresma é um “tempo
favorável” para a redescoberta e o aprofundamento do autêntico discípulo de
Cristo. É espaço para um novo nascimento. Somos chamados para assumir a
penitência como método de conversão e unificação interior, como caminho pessoal
e comunitário de libertação pascal. É tempo forte de escuta da Palavra, pois,
através dela, vamos conhecer os desejos de Deus e praticar a sua vontade.
Trilhemos esse caminho
como discípulos, missionários e fiéis, seguindo os passos de Jesus. Este vence
as tentações do demônio, revela a nós, mediante a transfiguração, que pela
paixão e cruz chegará à glória da ressurreição e nos ensina a repensar o sim
pessoal da fé, num encontro profundo com Ele, a exemplo da mulher samaritana,
que recebe d'Ele a salvação, do cego de nascença, que começa a ver, do amigo
Lázaro, que é ressuscitado.
Como também devemos
intensificar a escuta e a meditação atenta à Palavra de Deus, a assistência
frequente ao Sacramento da Reconciliação e a Eucaristia, e mesmo a prática do
jejum, segundo a nossas possibilidades, é o que a Igreja nos propõe.
Durante a quaresma, a
Igreja nos convida a fazer um caminho de conversão com atitudes concretas. Uma
maneira de concretizar a caminhada rumo à Pascoa.
A campanha da
fraternidade, deste ano, como em todas as campanhas anteriores, tem como
objetivo fazer memoria do caminho percorrido pela Igreja com a sociedade,
identificar e compreender os principais desafios da situação atual;
apresentando os valores espirituais do Reino de Deus e da doutrina social da
Igreja como elementos autenticamente humanizantes. Refletir sobre nossas
atitudes para com o próximo e assumir gestos concretos de conversão pessoal e
comunitária.
É dever nossos consagrados e
consagradas, como de todo fiel cristão conhecer os ensinamentos da doutrina
social da Igreja, a sua estrutura e os valores fundamentais a cultivar em ordem
à sua edificação como uma comunidade pacífica, justa e fraterna. A missão da
Igreja na sociedade é responsabilidade de todos os seus membros; afinal, todos
nós somos membros da Igreja e da sociedade. Como nos ensina Santo Agostinho,
“somos membros da comunidade dos fiéis e membros da cidade dos homens”. Por
isso, é missão de todos nós o empenho no progresso da sociedade e na luta
contra a globalização da indiferença.
A
Igreja sempre esteve atenta aos sinais dos tempos, desde o inicio do
cristianismo. O tema da campanha da fraternidade nos remete a vocação
missionária da Igreja, que não pode e nem deve ser uma Igreja fechada em si,
tem que ser uma Igreja em saída, que vai ao encontro dos que mais precisam. O
Papa Francisco insiste sempre, quero uma Igreja aberta, saiam vamos servir e
não ser servidos. Somos chamados e chamadas a servir, e de forma serena,
simples com humildade. Colocar-se a serviço da Igreja e do outro.
Poderíamos até imaginar que a relação entre a
Igreja e a sociedade é um assunto novo, mas, na verdade, desde o início do
Cristianismo, a Igreja contribui com a sociedade. Cristo se encarnou na
humanidade e passou a viver a cultura e o problema do seu povo. Não foi um ser
estranho, superior, que vivia fora da realidade do povo judeu, mas, ao
contrário, em sua vida, morte e ressurreição estava totalmente inserida naquela
realidade concreta.
Não
podemos separar a vida cristã da vida social, como se fosse possível. O cristão
é cidadão ao mesmo tempo. Sendo assim, é na sociedade que damos testemunhos da
vida cristã. Ao ler nos Evangelhos a vida pública de Jesus, vimos como ele se
preocupava com a organização da sociedade do seu tempo e com o sofrimento do
povo.
A Igreja tem muito a dar à sociedade
e a receber dela. Sua proposta de diálogo e serviço se baseia em uma visão de
fé e um chamamento à conversão de corações e estruturas. A Aliança entre
Deus e o povo libertado do Egito foi um sinal da nova sociedade, baseada num
modo fraterno e solidário de viver, com uma estruturação social justa.
Somos chamados e chamadas a sermos
testemunhas de Jesus Cristo, em todas as circunstancias no seio da humanidade.
Que esse tempo da quaresma justamente
com campanha da fraternidade, seja eficaz, são necessárias a nossa contribuição
no anúncio do Evangelho e a nossa participação no diálogo entre fé e vida,
pois, em todos os setores sociais, nós somos convidados e convidadas a
realizarmos um serviço cooperativo a favor da Verdade, da fraternidade e da
justiça.
Através da cruz, demostramos nosso amor a Jesus.
Aceitar e abraçar as aflições. Recordamos que também nosso Pai São Paulo, como
Jesus, aderiu profundamente ao sentido da vida. Façamos, pois um generoso
proposito, gravando bem em nosso coração a expressão de São Paulo: “Conhecer a
Jesus, e a Jesus Crucificado” 1.Cor 2,2 .
Como consagrados e consagradas, queremos viver o
mistério cristão, queremos repetir a páscoa todos os dias. Morremos com Jesus.
Quem morre a si mesmo ressuscitará com Jesus Cristo, com vida nova, dizia nosso
fundador Pe. Tiago Alberione.
Toda a vida de nosso fundador foi repleta de
sofrimentos, dificuldades, provas internas e externas, assumidas por ele como
condição de sua missão. Os inicios de cada instituição, a responsabilidade
diante do Senhor.
É tudo muito lindo, essa realidade, porém
estamos vivendo de fato tudo isso? É tão pouco o que fazemos.
Jesus veio para servir, Sua
vida foi um serviço solidário e amoroso, mas o nosso olhar de louvor e gratidão
para Jesus deve se traduzir também por meio de nossa vida.
Uma boa quaresma, em preparação
a Santa Páscoa!
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