quinta-feira, 12 de março de 2015

Eu vim para servir! CF 2015

RETIRO MENSAL 07 DE MARÇO DE 2015
Eu vim para servir! CF 2015
Margarida e Regina
A Quaresma é um “tempo favorável” para a redescoberta e o aprofundamento do autêntico discípulo de Cristo. É espaço para um novo nascimento. Somos chamados para assumir a penitência como método de conversão e unificação interior, como caminho pessoal e comunitário de libertação pascal. É tempo forte de escuta da Palavra, pois, através dela, vamos conhecer os desejos de Deus e praticar a sua vontade.
Trilhemos esse caminho como discípulos, missionários e fiéis, seguindo os passos de Jesus. Este vence as tentações do demônio, revela a nós, mediante a transfiguração, que pela paixão e cruz chegará à glória da ressurreição e nos ensina a repensar o sim pessoal da fé, num encontro profundo com Ele, a exemplo da mulher samaritana, que recebe d'Ele a salvação, do cego de nascença, que começa a ver, do amigo Lázaro, que é ressuscitado.
Como também devemos intensificar a escuta e a meditação atenta à Palavra de Deus, a assistência frequente ao Sacramento da Reconciliação e a Eucaristia, e mesmo a prática do jejum, segundo a nossas possibilidades, é o que a Igreja nos propõe.
Durante a quaresma, a Igreja nos convida a fazer um caminho de conversão com atitudes concretas. Uma maneira de concretizar a caminhada rumo à Pascoa.

A campanha da fraternidade, deste ano, como em todas as campanhas anteriores, tem como objetivo fazer memoria do caminho percorrido pela Igreja com a sociedade, identificar e compreender os principais desafios da situação atual; apresentando os valores espirituais do Reino de Deus e da doutrina social da Igreja como elementos autenticamente humanizantes. Refletir sobre nossas atitudes para com o próximo e assumir gestos concretos de conversão pessoal e comunitária.
É dever nossos consagrados e consagradas, como de todo fiel cristão conhecer os ensinamentos da doutrina social da Igreja, a sua estrutura e os valores fundamentais a cultivar em ordem à sua edificação como uma comunidade pacífica, justa e fraterna. A missão da Igreja na sociedade é responsabilidade de todos os seus membros; afinal, todos nós somos membros da Igreja e da sociedade. Como nos ensina Santo Agostinho, “somos membros da comunidade dos fiéis e membros da cidade dos homens”. Por isso, é missão de todos nós o empenho no progresso da sociedade e na luta contra a globalização da indiferença. 

  A Igreja sempre esteve atenta aos sinais dos tempos, desde o inicio do cristianismo. O tema da campanha da fraternidade nos remete a vocação missionária da Igreja, que não pode e nem deve ser uma Igreja fechada em si, tem que ser uma Igreja em saída, que vai ao encontro dos que mais precisam. O Papa Francisco insiste sempre, quero uma Igreja aberta, saiam vamos servir e não ser servidos. Somos chamados e chamadas a servir, e de forma serena, simples com humildade. Colocar-se a serviço da Igreja e do outro.
 Poderíamos até imaginar que a relação entre a Igreja e a sociedade é um assunto novo, mas, na verdade, desde o início do Cristianismo, a Igreja contribui com a sociedade. Cristo se encarnou na humanidade e passou a viver a cultura e o problema do seu povo. Não foi um ser estranho, superior, que vivia fora da realidade do povo judeu, mas, ao contrário, em sua vida, morte e ressurreição estava totalmente inserida naquela realidade concreta.

Não podemos separar a vida cristã da vida social, como se fosse possível. O cristão é cidadão ao mesmo tempo. Sendo assim, é na sociedade que damos testemunhos da vida cristã. Ao ler nos Evangelhos a vida pública de Jesus, vimos como ele se preocupava com a organização da sociedade do seu tempo e com o sofrimento do povo.
A Igreja tem muito a dar à sociedade e a receber dela. Sua proposta de diálogo e serviço se baseia em uma visão de fé e um chamamento à conversão de corações e estruturas.  A Aliança entre Deus e o povo libertado do Egito foi um sinal da nova sociedade, baseada num modo fraterno e solidário de viver, com uma estruturação social justa.  
Somos chamados e chamadas a sermos testemunhas de Jesus Cristo, em todas as circunstancias no seio da humanidade.

Que esse tempo da quaresma justamente com campanha da fraternidade, seja eficaz, são necessárias a nossa contribuição no anúncio do Evangelho e a nossa participação no diálogo entre fé e vida, pois, em todos os setores sociais, nós somos convidados e convidadas a realizarmos um serviço cooperativo a favor da Verdade, da fraternidade e da justiça.
Através da cruz, demostramos nosso amor a Jesus. Aceitar e abraçar as aflições. Recordamos que também nosso Pai São Paulo, como Jesus, aderiu profundamente ao sentido da vida. Façamos, pois um generoso proposito, gravando bem em nosso coração a expressão de São Paulo: “Conhecer a Jesus, e a Jesus Crucificado” 1.Cor 2,2 .
Como consagrados e consagradas, queremos viver o mistério cristão, queremos repetir a páscoa todos os dias. Morremos com Jesus. Quem morre a si mesmo ressuscitará com Jesus Cristo, com vida nova, dizia nosso fundador Pe. Tiago Alberione.
Toda a vida de nosso fundador foi repleta de sofrimentos, dificuldades, provas internas e externas, assumidas por ele como condição de sua missão. Os inicios de cada instituição, a responsabilidade diante do Senhor.
É tudo muito lindo, essa realidade, porém estamos vivendo de fato tudo isso? É tão pouco o que fazemos.
Jesus veio para servir, Sua vida foi um serviço solidário e amoroso, mas o nosso olhar de louvor e gratidão para Jesus deve se traduzir também por meio de nossa vida.

Uma boa quaresma, em preparação a Santa Páscoa!




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