terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

“Onde quer que haja consagrados, aí está à alegria”.
Papa Francisco
Retiro Anual – na Casa de Oração das Irmãs Paulina – Cidade Regina de 18 a 25 de Janeiro de 2015.
Tema: Vida Religiosa e a Contemplação. Pregador Frei Jonas OFM

Uma palavra sobre o retiro:

Os dias de exercícios espirituais foram momentos ricos de aprofundamentos, a respeito da vida consagrada. Nós, consagrados e consagradas, como todos os discípulos do Senhor, respondemos ao seu apelo, ao seu chamamento, à sua convocação para sermos seus íntimos colaboradores e colaboradoras, para fazermos uma profunda experiência de entrega total a Deus e aos irmãos. Foi do Cristo ressuscitado que chegou até o fundo do nosso coração o apelo para seu seguimento. Temos a certeza da vocação. No meio de todas as tempestades temos plena consciência desse chamamento.

Para entendermos o tema sobre a Vida Religiosa e sua Contemplação, o Pregador fez uma longa viagem; colocando-nos a Historia e de como começou a Vida Religiosa Consagrada na Igreja. O surgimento da vida monástica na Igreja nos finais do século III e princípios do século IV fez com que surgisse no seio da Igreja um modo novo de viver a vocação batismal que se foi encarnando e diversificando ao longo da história e que lançou as bases para um estilo de vida ao qual chamamos atualmente “Vida Consagrada”.
Para que se consagrar?

A vida consagrada é um carisma profético dentro da Igreja, viver Cristo como comunicou o Apóstolo Paulo. Toda a consagração religiosa é simplesmente isso. Uma aliança de amor entre Deus e seu consagrado a Fala de amor e não de leis e estruturas.  Como complicamos demais nossa vida consagrada do ideal original dos padres do deserto.
Os padres do deserto perceberam que não podiam viver essa aliança de amor sem consagração. Consagração significou para eles: “pertencer a Deus 100%”. Tudo que eu sou pertence a Deus: presente, passado e futuro como um dom.
Vivemos, de verdade, um tempo incômodo de perplexidade e de insegurança.
Por vezes, fazemos mesmo a experiência de uma pobreza total, de uma incapacidade de encontrar soluções para dar passos firmes na direção do amanhã.  Há momentos em que não conseguimos enxergar luminosidade no horizonte.

Não é possível imaginar qualquer renovação da vida cristã e consagrada sem que consagrados e cristãos façam constantemente profundas e repetidas experiências do Senhor. Não se trata de um mero recitar de salmos mais ou menos mecânica e rotineiramente, mas de habitar o próprio interior, deixar-se impregnar do som da voz de Deus e acolhê-lo num coração modesto e humilde. Não há outra saída. Nós consagrados e consagradas, precisamos rever nossa vida de intimidade com Jesus Cristo.
Nosso vestir modesto, nosso coração aberto, nosso interior sempre sedento de verdadeiros encontros, nossa vida como uma vela acesa que se consome. 

Nossa missão no mundo? Estar presente onde pudermos. Com modéstia, mas com transparência. Podemos nos perguntar! O que procuramos na vida consagrada? Para viver a perfeição devemos viver o Evangelho. Cristo é a razão do qual encontramos.
Estamos inseridos na sociedade, o que me levou a abraçar este estilo de vida no Instituto? O seguimento de Jesus requer proximidade mais profunda.
Deus nos amou gratuitamente, Ele nos deu esse dom maravilhoso que é a vida consagrada. A carta do Papa Francisco é uma lição, que vem nos mostrar a realidade e ao mesmo tempo um rever sobre a nossa vocação.
Devemo-nos deixar habitar pelo Espirito Santo, ele vem renovar em nós a sabedoria, o entendimento, o discernimento, deixemo-nos envolver, Cristo Mestre habita em nós.


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