13/10/2015
O desapego das falsas riquezas leva à
vida verdadeira, ensina o Papa
Por Centro Vocacional; com Rádio
Vaticano
O caminho de encontro com o Cristo está no desapego de tudo o que nos
deixa distante da verdade celeste.
No dia 11, deste mês, inspirado no Evangelho de Marcos e nos “três
olhares” de Jesus, o Papa Francisco explicou a dualidade que não permitiu que o
jovem rico seguisse o Senhor (Mc 10,17-30).
“Aquele jovem, entretanto, tem o coração dividido entre dois patrões:
Deus e o dinheiro, e vai embora triste. Isso demonstra que a fé e o apego às
riquezas não podem conviver. Assim, ao final, o ímpeto inicial do jovem se
apaga na infelicidade de um seguimento que não advém”.
E prosseguiu:
“Somente acolhendo com humilde gratidão o amor do Senhor, nos liberamos
das seduções dos ídolos e da cegueira das nossas ilusões. O dinheiro, o prazer,
o sucesso, deslumbram, mas depois desiludem: prometem vida, mas trazem morte. O
Senhor nos pede para nos desapegarmos destas falsas riquezas para entrar na
vida verdadeira, na vida plena, autêntica, iluminada”, frisou o Pontífice.
“O jovem não se deixou conquistar pelo olhar de amor de Jesus e, assim,
não pôde mudar”, refletiu o Papa, ao recordar que ele tinha um coração bom, e
que “Fitando-o, Jesus o amou” apesar do jovem não ter-se deixado envolver pelo
olhar de ternura de Cristo.
Ao citar o “olhar pensativo e de advertência de Jesus”, o Papa recordou
o trecho em que Cristo afirma aos discípulos: “Como é difícil a quem tem
riquezas entrar no Reino de Deus!”
“Os discípulos, então, se perguntam: ‘Quem pode ser salvo?’, Jesus
responde com um olhar de encorajamento – é o terceiro olhar – e diz: a salvação
é, sim, ‘impossível aos homens, mas não a Deus’. Se confiamos no Senhor,
podemos superar todos os obstáculos que nos impedem de segui-lo no caminho da
fé”.
E, assim, chegamos ao terceiro episódio, aquele da solene declaração de
Jesus: “Em verdade vos digo: “quem deixa tudo para me seguir terá a vida eterna
no futuro e o cêntuplo já no presente”.
“Este ‘cêntuplo’ – explicou o Papa – é feito das coisas antes possuídas
e depois abandonadas, mas que são multiplicadas ao infinito. Priva-se dos bens
e recebe-se em troca a satisfação do verdadeiro bem; libera-se da escravidão
das coisas e recebe-se a liberdade do serviço por amor; renuncia-se à posse e
ganha-se a alegria do dom”.
Papa Francisco!
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