“Ficaram todos cheios do Espírito Santo e
começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia
que falassem” (At 2, 4).
Festa de Pentecostes!
Hoje se encerra o período pascal e com ele celebramos o
nascimento da Igreja. A vinda do Espírito Santo é o cumprimento da promessa do
Pai que desde o Antigo Testamento nos promete que “Dar-vos-ei um coração novo e
em vós porei um espírito novo; tirar-vos-ei do peito o coração de pedra e
dar-vos-ei um coração de carne. Dentro de vós meterei meu espírito, fazendo com
que obedeçais às minhas leis e sigais e observeis os meus preceitos”.
O que significa Pentecostes?
É uma palavra que vem do grego e significa
"qüinquagésimo". É o 50° dia depois da Páscoa. É a solenidade da
vinda do Espírito Santo. Junto com Natal e Páscoa, forma o tripé mais
importante do Ano Litúrgico. Esse detalhe ajuda a compreender por que
Pentecostes pertence ao Ciclo da Páscoa.
Qual é a cor litúrgica de Pentecostes e seu
significado?
O vermelho domina essa solenidade, associado ao
fogo, símbolo do amor.
0 Espírito Santo é chamado de "Espírito
do amor".
Celebrar
Pentecostes é experimentar o tempo privilegiado da consciência acerca de quem somos
de onde viemos e para onde devemos ir, porque a Solenidade de Pentecostes está
na origem, é o nascimento dos cristãos como pessoas novas e como comunidade
viva do Ressuscitado. É o tempo que rasgou o tempo e nos fez ser à força da
presença viva de Cristo no mundo.
Hoje o Padre em sua
Homilia, destacou que, sem o espirito Santo não existiria a Igreja, porque ela
nasceu do Espirito Santo. Assim é o Cristão que não acredita na força do
espirito Santo, não pode dizer que é Cristão.
Na criação de uma
humanidade nova, de um grande corpo do qual cada um de nós faz parte, o
Espírito torna possível a unidade graças à diversidade e não a unidade apesar
da diversidade: sendo diferentes, tendo cada um características pessoais e
gozando de dons distintos, todos temos que estar implicados na construção
da comunidade humana. É o Espírito que suscita a pluralidade: a variedade e a
diferença são os dons gratuitos do mesmo Deus. “Todas as manifestações da vida
cristã são consequência direta do Espírito Santo. São Paulo os chama carismas e
enumera muitos: ‘Assim o Espírito a um concede falar com sabedoria; a outro,
pelo mesmo Espírito, falar com conhecimento profundo; a um lhe concede o dom da
fé; a outro, o poder de curar os enfermos; a outro, o dom de fazer milagres; a
outro, o de dizer profecias; a outro, o saber discernir entre os espíritos
falsos e o Espírito verdadeiro; a outro, falar línguas estranhas e saber
interpretá-las; a outro, dom de interpretá-las. Tudo isto o leva a cabo o único
e mesmo Espírito, repartindo a cada um seus dons como quer.” (cf. 1Cor 12,8-11)
Somos homicidas de nós mesmos se pretendermos uniformizar o que Deus fez
diferente. Anulando as diferenças suscitadas pelo mesmo Espírito mutilamos o
corpo de Cristo.
Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons.
Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!
No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem.
Enchei luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!
Sem a luz que acode nada o homem pode, nenhum bem há nele.
Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente.
Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei.
Dai à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons.
Dai em prêmio ao forte uma santa morte, alegria eterna. Amem!
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